A data tão famosa e importante para o país está repleta de informações que não foram divulgadas amplamente, e situações que, na verdade, podem não ter ocorrido da maneira como foi retratada. Confira sete curiosidades sobre o 7 de Setembro:
Distúrbios intestinais de D. Pedro I
Dom Pedro e sua comitiva iniciam a viagem de retorno ao Rio de Janeiro, no entanto, o imperador do Brasil sofria de crises de disenteria, o que o obrigava a fazer diversas paradas não programadas e se manter perto do rio Ipiranga. E foi em meio a uma crise que ele teve que proclamar o famoso grito da independência.
D. Pedro não foi declarado imperador logo após a proclamação da independência
A “Cerimônia de Coroação e Sagração do Imperador D. Pedro I” só aconteceu no dia primeiro de dezembro de 1822, quase três meses após a independência do Brasil. Com isso, ele passou a ser chamado de D. Pedro I. Seu reinado ficou marcado pelo autoritarismo e intransigência, além do seu caso extraconjugal com Domitila de Castro.
A Independência foi assinada por Leopoldina da Áustria
A maioria não sabe, mas foi Leopodina da Áustria que assinou o documento que declarava a Independência do Brasil, já que D. Pedro, seu marido, estava em viagem à São Paulo. Ela assinou no dia 2 de setembro de 1822, no entanto, o feito só chegou ao conhecimento de seu marido cinco dias depois, imortalizando a data 7 de setembro.
O quadro que popularizou o grito do Ipiranga é uma imagem idealizada
A famosa pintura do Grito do Ipiranga, feita por Pedro Américo é, na verdade, uma imagem idealizada do momento da declaração da Independência do Brasil. O pintor nunca teve a intenção de que essa obra fosse um retrato fiel do momento do grito. Ele pretendia criar uma imagem que lembrasse o passado de forma solene e heroica, de acordo com os padrões seguidos pelos artistas da época e, por isso, se inspirou em diversas obras europeias.
Brasil pagou 2 milhões de libras esterlinas pela Independência
Portugal reconheceu a Independência do Brasil no dia 29 de agosto de 1825, através do Tratado de Paz e Aliança. Entretanto, ficou decidido que o governo brasileiro deveria pagar uma indenização de dois milhões de libras esterlinas para que Portugal aceitasse a independência do Brasil.
O termo ‘Independência ou Morte” pode não ter sido criado por D. Pedro
O famoso termo ‘Independência ou Morte’, falado por D. Pedro, na verdade nunca ficou comprovado. A expressão está no hino da Romênia, que em 1876 se separou da Hungria, podendo ter sido retirada de lá. Além disso, também existe a possibilidade o brado dado por D. Pedro I não ter acontecido às margens do rio Ipiranga, mas no alto de uma colina próxima ao riacho.
Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer nossa independência
Os Estados Unidos estavam com o lema “A América para os americanos”, devido a Doutrina Monroe, e por isso defendia o direito à soberania das nações e era contrária a qualquer intervenção europeia no continente americano. Por esse motivo, eles foram os primeiros a reconhecer a nossa independência. Mas, havia um interesse por trás, eles queriam diminuir a influência inglesa e em obter vantagens comerciais.
Fonte: globo.com