O Brasil vive uma fase crítica da pandemia de covid-19, com um balanço de quase 260 mil mortos, o colapso do sistema de saúde de vários estados, a vacinação avançando lentamente, enquanto muita desinformação é propagada sobre as medidas de prevenção contra a doença. De acordo com o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Ediardo Fernandes, “a palavra a ser exercitada neste momento é resiliência”. Ele também pede que a população não desista de lutar contra a pandemia e faz um apelo em prol do uso de máscara.
Segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de secretários de Saúde (Conass) ontem, 03/03, o Brasil registrou oficialmente 1.910 mortes por Covid-19 em 24 horas, o pior balanço desde o início da pandemia. Junto com o alto número de mortos e contaminados, os hospitais e UTIs enfrentam superlotação, enquanto não há previsão para a ampliação da vacinação.
“O nosso sentimento é de extrema preocupação. Passado um ano da pandemia, nós que imaginávamos que nesse período já teríamos dias melhores e um cenário mais esperançoso, estamos no pior momento”, afirma Fernandes.
Por isso, a AMB lançou um manifesto nesta semana, recomendando o uso de máscara e fazendo um apelo a todos os governantes e gestores públicos para que deem prioridade absoluta à vacinação e às medidas de prevenção contra a doença.
O médico ainda acredita que a população brasileira não parece estar consciente da gravidade da situação. Ele aponta três possíveis motivos para esse comportamento:
“A impressão que tenho é que muitas pessoas pensam que não serão contaminadas. Também acho que há a exaustão: não só os médicos e os profissionais de saúde que estão exaustos, mas a população também. O terceiro ponto é que imaginávamos no final do ano passado que nessa época estaríamos nos despedindo da pandemia porque nossos números eram declinantes e todos se prepararam para voltar à vida normal. Ou seja, há um descompasso entre a expectativa que a população tinha e a realidade que vivemos, diz.
Fernandes alerta que a situação tende a piorar nos próximos dias e semanas, com o aumento do balanço de vítimas. Segundo ele, a chegada das variantes traz ainda mais incertezas ao prognóstico da pandemia.
“É natural que os vírus sofram mutações e é o que está acontecendo com o coronavírus. Essas novas cepas, ao que tudo indica, são muito mais virulentas do que a anterior, e oferecem evolução para casos mais graves. Além disso, se especula sobre a eficácia das vacinas sobre essas novas cepas. Então, todo esse cenário mostra que esse é o pior momento da pandemia que estamos vivendo”, salienta.
POSICIONAMENTO DA ESCOLA
Diante do crescimento assustador de casos e mortos em decorrência da Covid-19, o CAD reforça a importância de escola e família se unirem contra a pandemia. Sabemos e também sentimos o cansaço de estarmos nessa situação difícil e inusitada há um ano, todos nós sofremos as consquências do momento na pele, mas, mesmo exaustos, não podemos relaxar.
Tínhamos o sonho de que a esta altura estaríamos sentindo a esperança de um recomeço e, talvez por isso, muitos perderam o senso da necessidade de mantermos os cuidados básicos. Agora vivemos essa situação alarmante: número recorde de contaminados e mutações violentas do vírus.
O Alfredo Dantas segue mantendo os cuidados necessários para evitar a transmissão na escola:
- Desinfecção dos calçados e aferição de temperatura de todos na entrada da escola;
- Salas de aula com ventilação natural;
- Salas de aulas e ambientes comuns desinfectados antes e no final de cada ciclo;
- Banheiros desinfectados frequentemente;
- Uso de álcool em todos os ambientes e ampliação de lavatórios nas áreas comuns;
- Bebedouros terão uso restrito: cada aluno traz a sua garrafinha;
- Acesso restrito. Pais, familiares e fornecedores só entram na escola em casos excepcionais, a maior parte do atendimento é remoto.
Famílias, façam também a parte de vocês. Sigam as orientações, baseadas nas recomendações da Organização Mundial da Saúde:
- O uso de máscara segue obrigatório para todos;
- Evite contato com pessoas, mantendo uma distância mínima de 1,5m;
- Lave sempre as mãos ou use álcool 70%, sempre que tocar em superfícies;
- Evite tocar no nariz, olhos e boca.
ALERTA
Professores, funcionários e famílias, caso seja apresentado qualquer sintoma da doença, mesmo que leve, não frequentem a escola e nem saiam de casa. A mesma recomendação se repete no caso de familiares ou pessoas que você tenha tido contato adoecerem. Você poderá estar assintomático, mas com potenção de contaminação.
De acordo coma Prefeitura Municipal de Campina Grande, os principais sintomas da Covid-19 são:
- Febre, tosse, falta de ar, vômito, diarreia, pneumonia, coriza e insuficiência renal.
Fonte: noticias.uol.com.br